O plano financeiro expõe o seu orçamento operacional e as expectativas de vendas para o seu negócio. Por norma, a primeira coisa que qualquer investidor ou banco pretendem saber é quais os cash-flow que o seu negócio irá gerar e qual o payback do investimento. O seu plano financeiro é a sua melhor estimativa para o futuro financeiro da sua empresa. No entanto o plano financeiro não passa de uma estimativa, pois é muito difícil assegurar como vai ser a sua performance antes de 6 meses ou um ano de atividade. O plano deverá incluir um orçamento de operações de um ano e até três anos de projeções de vendas da empresa.
O plano financeiro deverá também incluir
uma projeção dos cash-flow e uma análise do ponto de
equilíbrio. O processo de desenvolvimento do plano financeiro irá ajudá-lo a
compreender melhor o nível de vendas necessário para cobrir as despesas e
manter uma rentabilidade sustentada.
Existem custos recorrentes que vamos
ter de suportar todos os meses. Alguns destes custos vão verificar-se
independentemente de termos vendido muito ou pouco. A renda, os salários, os
seguros são alguns exemplos dos chamados custos fixos. Outros custos variam
consoante as quantidades de produtos vendidos ou serviços prestados. As
matérias primas consumidas, a subcontratação de serviços são alguns exemplos
dos custos variáveis.
Se o saldo entre os nossos proveitos e
os nossos custos for negativo, então algo está errado. No entanto, nos primeiros
tempos pode acontecer que em algumas atividades os resultados obtidos sejam
negativos. Entre outras causas, o principal fator é a base de clientes ainda
estar a ser construída. Porém, isto é um indicador a ter em conta, pois pode
significar que algo está a falhar no nosso plano de negócio.
O sucesso de uma boa empresa depende
muito de uma boa gestão e principalmente da sua saúde financeira. A análise da
situação financeira, um acompanhamento detalhado e uma eficaz planificação
farão a diferença nos resultados e evolução de um negócio.
As atividades de controle financeiro de
uma empresa dizem respeito a tudo aquilo que vai verificar se o planeamento
está a ser bem executado e quais as medidas necessárias para corrigir o rumo,
caso alguma coisa tenha mudado desde então.
A viabilidade da empresa passa também
por cumprir atempadamente com os seus pagamentos. Para tal torna-se necessário
ter uma ideia clara das entradas e saídas de dinheiro, isto é, das receitas e
das despesas. Os prazos de pagamento dos clientes são diferentes dos prazos de
pagamento aos nossos fornecedores, ao Estado, aos nossos colaboradores entre
outros. Se colocarmos toda esta informação numa folha de Excel teremos
uma tabela na qual nos poderemos orientar e saber quanto é que vamos receber e
quanto é que vamos pagar.
Os indicadores de viabilidade mais
utilizados são:
· Break-Even- representa
o valor ou quantidade que a sua empresa necessita de faturar para pagar todos
os seus custos em um determinado período. Depois de atingido este valor a
empresa começa então a gerar lucro.
· Rentabilidade
das vendas- é o indicador que mede a razão entre os resultados líquidos e o
volume de vendas. É um dos principais indicadores económicos das empresas, pois
está relacionado com a sua competitividade. Se a empresa possui uma boa
rentabilidade, ela poderá otimizar o seu posicionamento estratégico e efetuar
maiores investimentos em comunicação, na diversificação dos produtos, na
aquisição de novos equipamentos, tornando-a assim mais competitiva.
· A
Rentabilidade dos ativos (ROA)- é um indicador de atratividade dos negócios,
pois mede o retorno do capital investido dos sócios/investidores. A ROA resulta
do quociente entre os resultados líquidos e os capitais permanentes. Esta
rentabilidade deve de ser comparada com as remunerações (taxas) praticadas no
mercado financeiro. total. A rentabilidade deve ser comparada com índices
praticados no mercado financeiro.
· Prazo
de retorno do investimento- é também um indicador de atratividade. Indica o
tempo necessário ao empreendedor (ou investidor) para recuperar o dinheiro que
investiu no negócio.
Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras (balancete, balanço, demonstração de
resultados, demonstração de fluxos de caixa) são relatórios de gestão
destinados a apoiar a tomada de decisão nas empresas. As demonstrações mais
importantes são:
Balancete- O Balancete é um instrumento financeiro que se utiliza para visualizar a
lista total dos débitos e dos créditos das contas, assim como o saldo de cada
uma delas (devedor ou credor). O balancete espelha a contabilidade de uma
empresa ou organização num determinado momento.
Balanço- O balanço representa a situação patrimonial de uma empresa ou
organização (ativos, dívida e capital), num determinado momento de tempo. É
normalmente apresentado no final de um período contabilístico (trimestre,
semestre ou ano).
Demonstração de Resultados- É um relatório que nos mostra a situação dos
rendimentos e dos gastos durante um período de tempo. Na demonstração de
resultados podemos verificar se a empresa alcançou resultados positivos ou
negativos durante esse período de tempo.
Demonstração de Fluxos de Caixa- Indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro na caixa durante um
determinado período e o resultado desse fluxo.
Nuno Militão
Consultor/Formador Gestão
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