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Fontes de Financiamento Start-Up



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          Nos dias de hoje, nunca foi tão importante apostar na criação de novas empresas\negócios como agora. Não só para que assim seja possível renovar a nossa estrutura empresarial, mas também dotar o tecido empresarial de especialização, dando lugar ao aparecimento de novos empresários mais qualificados e com valor acrescentado. 
Tendo em conta a conjetura atual do país, cada vez mais os portugueses querem abrir uma empresa e assim criar o seu próprio posto de trabalho, no entanto é habitual que esse sonho pareça impossível devido essencialmente à falta de capital. A capacidade empreendedora dos jovens portugueses, faz com que os mesmos não procurem um emprego estável para toda a vida, até porque cada vez mais existe precariedade nos postos de trabalho altamente especializados, em virtude disso, cada vez mais ambicionam criar o seu próprio negócio e abraçar o empreendedorismo. Para iniciar uma nova atividade económica/negócio, não chega apenas ter uma boa ideia, é necessário capital. Ou o empreendedor dispõe de recursos próprios, ou o mais certo é ter de recorrer a financiamento para iniciar o empreendimento.
No que respeita a financiamento de novos projetos, não obstante o número crescente de soluções ancoradas na partilha de risco do Estado com os operadores para este segmento, tem vindo a estreitar-se a oportunidade de financiar novos negócios, e a aumentar o grau de exigência dos financiadores com destaque para a banca.

Consoante o tipo de projeto, a fase em que se encontra e os montantes de investimento necessários, existem formas distintas de financiamento disponíveis. Neste sentido, o inicio de um novo negócio sem o financiamento necessário torna-se muito arriscado, uma vez que este é um dos principais factores da mortalidade das empresas.
 Os bancos reclamam o que até há bem pouco tempo era uma exigência exclusiva do capital de risco - um bom plano de negócio. No plano de negócio deverá constar com exatidão o montante necessário (incluindo fundo maneio) para o início do empreendimento.  Neste contexto torna-se essencial melhorar as competências dos futuros empreendedores para este processo, pois só assim irá garantir o sucesso do empreendimento.
 Segundo o autor Sarkar (2010) “as razões apontadas pelos especialistas nacionais para explicar o fraco apoio financeiro ao empreendedorismo em Portugal são a fraca disseminação de informação a potenciais investidores e o elevado nível burocrático, que retarda o processo para a utilização dos fundos disponíveis”.

Para iniciar uma atividade económica/negócio não chega ter ideias, e dependendo dos recursos próprios de que se dispõe, o mais certo é ter necessidade de recorrer a financiamento por terceiros para conseguir concretizar o projeto. Consoante o tipo de projeto, a fase em que se encontra e os montantes de investimento necessários, existem formas distintas de financiamento disponíveis. Neste sentido, o começo de um negócio sem o financiamento necessário é arriscado, sendo o principal fator de mortalidade das empresas. De acordo com o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) em manual do empreendedor (2008), o capital que se precisa para financiar o projeto “são sempre escassos em relação aos fins a que se pretende que sejam afetos”. Desta forma, tendo em consideração a fase em que se encontra uma empresa “existem formas e fontes distintas de financiamento”

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 No entanto para os autores Ferreira, Santos e Serra (Ferreira et al., 2008) as fontes de financiamento mais utilizadas para iniciar uma empresa, são “as poupanças do próprio empreendedor, empréstimos da família e amigos, capital de outros investidores, bancos e sociedades locadoras, e sociedades de capital de risco”. Figura 3: Fontes de financiamento de acordo com a fase em que se encontra a empresa Fonte: Instituto Politécnico de Leiria - Manual do empreendedor.

De seguida, e de acordo com os autores atrás referidos analisa-se cada um dos tipos de financiamento enunciados.

 Recursos Financeiros Próprios do Empreendedor

 Tem origem em poupanças pessoais, atividades profissionais paralelas ao projeto empresarial e de bens próprios – Esta fonte de financiamento deverá ser utilizada com particular cuidado pelo empreendedor de forma a não por em causa o património pessoal e o seu bem-estar; pode não ter custos associados; e é essencial para obter financiamento externo, uma vez que traduz o compromisso do empreendedor com o seu projeto.” Todos os empreendedores ”usam alguma quantidade de recursos financeiros próprios para iniciar a nova empresa. Estes recursos são necessários para iniciar a atividade, e são também um garante perante investidores externos de que o empreendedor está empenhado no sucesso..., trabalhando e resolvendo os problemas, que surjam, buscando o sucesso, comprometendo o seu tempo e esforço.”

A Família e os Amigos

A família e os amigos do empreendedor sãoaqueles que o conhecem melhor, são um recurso frequente para reunir o capital necessário, quer sejam capitais a longo ou a mais curto prazo. Estas pessoas poderão investir pela sua relação com o empreendedor, na medida que esta relação pessoal ajuda a transmitir confiança e a ultrapassar a incerteza nas capacidades e qualidades do empreendedor. No entanto, tipicamente, estas fontes de financiamento apenas conseguem fornecer pequenos montantes de capital, sendo por isso adequadas para pequenos novos negócios.”

Outros Investidores Privados – Business Angels

Os empreendedores podem, também, recorrer a outros investidores privados. Estes investidores, geralmente, ficam com a posse de parte da propriedade da empresa e podem envolver-se na gestão quotidiana e/ou na definição da estratégia da nova empresa. O nível de envolvimento destes investidores privados depende do montante  de capital com que participam, da sua vontade e da sua competência. A maioria dos investidores estará provavelmente mais interessado em recuperar o seu capital e obter um bom retorno para o seu investimento. Este tipo de investidor pode ser qualquer pessoa desde que tenha dinheiro disponível e esteja disposto a investir. Um exemplo deste investidor são os business angel. De acordo com a Associação Portuguesa de Business Angels (APBA14), “Um Business Angel é um investidor que realiza investimentos em oportunidades nascentes (tipo start-up ou early stage). Participa em projetos com smart money, isto é, para além de aportar capacidade financeira, também contribui com a sua experiência e network de negócios. Os Business Angels possuem uma série de caraterísticas em comum, como sejam, a realização de investimentos que normalmente variam entre os 25 000 e 500 000 euros; gostam de exercer a sua capacidade de mentoring dos projetos; buscam, não só um elevado retorno nos projetos em que investem, mas também novos desafios de preferência no seu país ou região”. Deste modo, os business angels são investidores privados que atuam por conta própria. São pessoas com um grande poder financeiro que investem em participações de pequenas empresas, geralmente, em indústrias nas quais possuem experiência.

A Banca Comercial

Numa fase inicial, quando o empreendedor pretende começar a nova empresa é difícil conseguir capital junto da banca. Os bancos, na sua prudência (ou conservadorismo), preferem emprestar dinheiro a empresas já estabelecidas e com uma reputação firmada, dado que aparentam menor risco. Os empreendedores podem recorrer à banca comercial para obter diferentes tipos de empréstimos, com diferentes durações (de curto, médio e longo prazo).

Microcrédito

  O microcrédito tem como destinatários todas as pessoas com perfil empreendedor que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social”. De acordo com Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC20) relativamente aos montantes globais contratualizados e creditados, desde 1999 até 2009, verificou-se um aumento gradual, apresentando um total de 6 541 340,77€ em créditos ao longo de 10 anos. Os Subsídios “O empreendedor às vezes pode obter recursos fornecidos pelo governo para desenvolver e lançar uma ideia inovadora, ou uma nova empresa que crie postos de trabalho e contribua para o desenvolvimento económico local. Cada instituição tem os seus próprios critérios sobre quais as áreas de atividade que apoiará. Cada instituição tem também as suas exigências específicas quanto ao modelo de apresentação de apresentação do plano de negócios. O empreendedor deve apresentar a sua proposta diretamente à instituição a que recorre, mas antes deve-se informar sobre todos os pormenores necessários a essa candidatura.

O futuro empreendedor para além das necessidades de financiamento inicias do seu novo projeto/empreendimento, terá ainda de ter em conta todas as necessidades de financiamento ao longo do tempo, tendo em conta as diferentes fases e para que fins se destina o financiamento. Podemos destacar desde logo o financiamento a curto/prazo, nunca mais de 18 a 24 meses, este tipo de financiamento normalmente destina-se a cobrir a tesouraria, descontos comerciais que possa usufruir, conta-correntes de clientes, trade finance e garantias bancárias. No que toca ao financiamento a médio-longo-prazo, podemos destacar o crédito ao investimento, o leasing imobiliário, o leasing mobiliário, o leasing operacional e o renting. Quanto ao crédito bonificado existem vários apoios que normalmente são apoios a estatal, ou a nível da Comissão Europeia, onde se destacam os seguintes; linhas IEFP, Portugal 2020, BEI banco europeu de investimento ou do FEI fundo europeu de investimento. Se a opção do empreendedor for financiamento a nível do capital social, então esse financiamento poderá ser feito através do seu capital social, do capital de risco, do capital semente, dos business angels ou do crowdfunding. O empreendedor terá ainda de ter em conta os serviços associados ao dia-dia do seu negócio tais como; internet banking, transferências bancárias, cartões de débito, TPA físico/virtual.


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Nuno Militão
Consultor/Formador Gestão
Técnico Apoio Local Microcrédito
Técnico do IEFP de Apoio ao Empreendedorismo

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