Segundo Augusto Cury “Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo
que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar
por locais desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém
tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É
não esperar uma herança, mas construir uma história…. Quantos projetos você
deixou para trás? Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos? Ser um
empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la” (Cury,
2011).
Ser empreendedor é ser detentor de algumas características, como
criatividade, proatividade, organização, responsabilidade, capacidade de
liderança, gestão de talentos e trabalho em equipa, assumir riscos, controlar
resultados, ter uma boa visão do futuro, saber aproveitar as oportunidades, ser
agente da mudança, ser resiliente, saber ouvir, facilidade em comunicar e
sobretudo encarar os fracassos como uma oportunidade de aprender e ser cada vez
melhor.
Os empreendedores são líderes natos, são pessoas criativas e com
iniciativa, conseguem tomar decisões rapidamente e mantê-las, são visionários,
trabalhadores esforçados e extremamente perspicazes, têm uma personalidade
exigente e são extrovertidas, mas por outro lado são geralmente pessoas teimosas
e impacientes. Para se tornar no seu próprio chefe, é preciso mais do que
sacrifício, é preciso trabalhar muito e de forma consistente e na maioria das
vezes com pouco retorno imediato. Segundo um estudo realizado na União Europeia, o sucesso empresarial depende em 25% das ideias de negócio e em 75% das pessoas que as levam à prática.
As oportunidades existentes para os potenciais empreendedores podem ser
consideradas como fatores positivos, pois os benefícios daí resultantes
constituem um valor acrescentado para os potenciais envolvidos.
Todos os que são empurrados para o empreendedorismo, são normalmente
pessoas desempregadas. Assim, o empreendedorismo de necessidade torna-se um
caminho mais penoso, pois corresponde a uma situação na qual a pessoa se
encontra mais por força das circunstâncias do que propriamente por escolha ou
vocação.
As razões pessoais para ser empreendedor geralmente são as mesmas entre
aqueles que resolvem dispor do seu capital e do seu próprio tempo na abertura
de um pequeno negócio. Entre outros motivos está o desejo de ser o patrão de si
próprio, de conquistar a tão desejada independência financeira. Estas são as
razões principais para os novos empreendedores iniciarem um negócio, de uma
forma tão “romântica” e superficial que os poderá levar ao fracasso.
O facto de se tornar empresário vai criar uma série de inúmeras novas
responsabilidades ao empreendedor, significa que estará disposto a enfrentar o
comando do dia-a-dia do negócio, adaptar-se a si próprio, à família e ao seu
estilo de vida, às condições que a sua empresa vai exigir e isso nem sempre é
fácil. Também terá de converter o cliente no seu principal foco, pois se não se
alinhar com as suas expetativas e necessidades dificilmente poderá ter sucesso.
É normal que todo o empreendedor queira obter lucros, mas para uma empresa
ser financeiramente viável é preciso que um conjunto de fatores estejam em
sintonia, de forma a criar condições para que a empresa lucre e dê retorno, o
que nem sempre acontece a curto prazo. A ideia de ficar rico quando se abrem
portas é muito remota, para não dizer impossível, segundo Emerson(2016), o retorno do investimento nas pequenas empresas é em média de 18 meses e a empresa passa os primeiros 36 meses sem gerar qualquer lucro, pois só no quarto ano a empresa se tornará auto-sustentável. Para uma empresa dar certo é
necessário realizar um plano de negócio detalhado, analisar o mercado e
oferecer ao cliente algo diferenciador.
Nuno Militão
Consultor/Formador Gestão
Técnico Apoio Local Microcrédito
Técnico do IEFP de Apoio ao Empreendedorismo
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